![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAi6ra1-UnR2F8kNl2KNBsHRPxwhq7z88rsGEpugbNaFh7CcDmQ0YyVdIfBHN7KRMg_CCPphtVMPGYv63rMyjLfsgK_ebx4qDI8k1WqtllvyXEwYZMpvTYFKnUWXfGiMC63Yv0THjBCb8/s400/Florbela+Espanca+poeta+portuguesa+poesia+cores+arte+popular+portugal.jpg)
Os versos que te fiz
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!
Florbela Espanca
Florbela Espanca (Portuguese pronunciation: [floɾˈbɛlɐ (ɨ)ʃˈpɐ̃kɐ]; birth name Flor Bela de Alma da Conceição),Portuguese poet (Vila Viçosa, December 8, 1894 — Matosinhos, December 8, 1930). Precursor of the feministmovement in Portugal, she had a tumultuous and eventful life that shaped her erotic and feminine writings.in wikipedia
No comments:
Post a Comment