A-B-C or 12-13-14?
4/30/08
Algumas ilusões ópticas
Beautiful scene. But there is something more to it.
It is quite interesting that all numbers can be created by using only two numerals - 4 and 8.
1st Color Blindness Test - can you see a "12" on this plate?
2nd Color Blindness Test - there is a "26" on this plate.
3rd Color Blindness Test - can you trace a line from one "X" to the other?
4th Color Blindness Test - you should see 58 (upper left), 18 (upper right), E (lower left) and 17 (lower right).
There is nothing moving on the picture. (© Akiyoshi Kitaoka: Used with permission.)
Another static picture. (© Akiyoshi Kitaoka: Used with permission.)
Motion is just an eye illusion. (© Akiyoshi Kitaoka: Used with permission.)
There is nothing moving below. (© Akiyoshi Kitaoka: Used with permission.)
Boats on the picture are not moving. It's just an eye illusion. (© Akiyoshi Kitaoka: Used with permission.)
Who do you like more - women or saxophone players?
Are there really just flowers?
Is this really a spiral?
Are the horizontal lines parallel? (of course they are)
If you can read the following picture, then you can shout ...
You may read across and upright.
A-B-C or 12-13-14?
This impossible object is called "Devil's Fork" or "Schuster's Conundrum" (by D. H. Schuster)
Given the wood do you think you could make this?
Or this one?
A realistic photo?
Try to arrange dices like this.
Another interesting building.
A-B-C or 12-13-14?
4/16/08
Para que serve a Arte Contemporânea?
O título contém já uma falácia. A arte não tem de obrigatoriamente de servir para nada. Ou tem? Partamos do princípio que sim, que tem de ter alguma utilidade, mesmo que seja do universo mais íntimo e pessoal e nunca chegue a ser vista por mais do que meia dúzia ou, no limite, uma pessoa apenas. Este é um post muito pessoal, com uma opinião muito pessoal. Noutro dia, em conversa ao almoço, ouvi sobre a arte contemporânea uma frase que não ouvia há muito tempo: “até eu fazia aquilo”. Apercebi-me, após três livros escritos com muito suor que é no verbo fazer que está a diferença. A arte não está nos museus e nas galerias, nas livrarias e nas salas de cinema e de concerto, não está nas paredes e nunca, nunca está acabada. A arte é um verbo, como o amor (já lá diziam os Massive Attack), é uma acção, é uma palavra de “fazer” e não de “estar”. Por isso é que nem toda a gente é artista.
Pode ser-se artista por ter talento indizível, por se querer ganhar dinheiro, por se trabalhar sem dormir, por se ser psicologicamente instável, por intuição ou racionalidade puras, por raiva, por amor, por tristeza ou imensa alegria, mas nunca se pode ser artista parado. Um artista é alguém que faz. É alguém que age sobre um motivo, seja ela a beleza ou o nojo, a morte ou uma lata de sopa de tomate. E ao fazer, mesmo que nunca fosse essa a sua intenção, interroga. A si próprio, aos que o rodeiam ou ao passado, a toda a sociedade ou apenas a uma restrita plateia.
É claro que nem toda a arte nasce igual, porque por muito que quiséssemos, nem todos colocamos as mesmas perguntas da mesma maneira, com a mesma acuidade; uns serão recordados para sempre, outros cairão no esquecimento, alguns poderão ser redescobertos passados duzentos anos, a maior parte será apenas mais uma pincelada no espírito do tempo.
Todo este preâmbulo para ter uma opinião. A arte contemporânea está em grande parte mercantilizada e industrializada. No princípio do século passado, Duchamp demonstrou que bastava mudar o urinol de sítio e posição para ele nos interrogar como, digamos, um quadro. Não é por grandes obras serem produzidas por génios desplicentes que acabam a ganhar fortunas que devemos, numa espécie de snobeira invertida, desprezá-los. Apenas os critérios mudaram e a arte deixou de ser, dominantemente, a arte do “belo”.
Hoje, a arte, como grande parte da actividade humana, é a procura de limites, interiores e exteriores, visuais e materiais, de tempo e espaço, usando como plasticina todas as tecnologias ao dispor do artista, do clássico escopro ou pincel a robots no limite da consciência, a instalações vídeo, camas com lençóis sujos ou... quadrados pretos sobre fundo preto.
Luis Soares é escritor e colabora com o obvious. Mais informações e textos deste autor no seu blog pessoal: blog.luis.soares
4/15/08
ultimos trabalhos e experiencias
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