3/26/08

A Assemblage e as artes

Assemblage



Joseph Cornell the hotel eden 1945

Definição

O termo assemblage é incorporado às artes em 1953, cunhado por Jean Dubuffet (1901 - 1985) para fazer referência a trabalhos que, segundo ele, "vão além das colagens". O princípio que orienta a feitura de assemblages é a "estética da acumulação": todo e qualquer tipo de material pode ser incorporado à obra de arte. O trabalho artístico visa romper definitivamente as fronteiras entre arte e vida cotidiana; ruptura já ensaiada pelo dadaísmo, sobretudo pelo ready-made de Marcel Duchamp (1887 - 1968) e pelas obras Merz (1919), de Kurt Schwitters (1887 - 1948). A idéia forte que ancora as assemblages diz respeito à concepção de que os objetos díspares reunidos na obra, ainda que produzam um novo conjunto, não perdem o sentido original. Menos que síntese, trata-se de justaposição de elementos, em que é possível identificar cada peça no interior do conjunto mais amplo. A referência de Dubuffet às colagens não é casual. Nas artes visuais, a prática de articulação de materiais diversos numa só obra leva a esse procedimento técnico específico, que se incorpora à arte do século XX com o cubismo de Pablo Picasso (1881 - 1973) e Georges Braque (1882 - 1963). Ao abrigar no espaço do quadro elementos retirados da realidade - pedaços de jornal, papéis de todo tipo, tecidos, madeiras, objetos etc. -, a colagem liberta o artista de certas limitações da superfície. A pintura passa a ser concebida como construção sobre um suporte, o que pode dificultar o estabelecimento de fronteiras rígidas entre pintura e escultura. Em 1961, a exposição The art of Assemblage, realizada no Museum of Modern Art - MoMA de Nova York, reúne não apenas obras de Dubuffet, mas também as combine paintings de Robert Rauschenberg (1925) e a junk sculpture, e isso leva a pensar que a assemblage como procedimento passe a ser utilizada nas décadas de 1950 e 1960, na Europa e nos Estados Unidos, por artistas muito diferentes entre si.


Marcel Duchamp

Na obra de Dubuffet, a ênfase recai sobre a matéria, desde as Texturologias, produzidas em fins da década de 1950, que se caracterizam, como o título indica, pelas texturas experimentadas com cores e materiais diversos. Na seqüência, o artista caminha na direção das assemblages pela incorporação de materiais não artísticos nas telas: areia, gesso, asas de borboleta, resíduo industrial etc. Na Itália, Alberto Burri (1915), autor de pinturas e colagens, volta-se na década de 1950 para pesquisas semelhantes, explorando as potencialidades expressivas da matéria com resultados distintos. Os trabalhos são fruto do ato de soldar, costurar e colar sacos, madeiras, papéis queimados, paus, latas e plásticos (Saco, 1953, Combustões, 1957, e Ferros, 1958). Suas pesquisas com lixo e sucata prefiguram a arte junk norte-americana e a arte povera italiana. Na Espanha, a "pintura matérica" realizada por Antoni Tápies
(1923), no mesmo período, utiliza cimento, argila, pó de mármore, materiais de refugo (restos de papel, barbante e tecidos), partes de móveis velhos etc. Sua crença nas possibilidades abertas pelo uso artístico de materiais cotidianos encontra-se explicitada no ensaio Nada É Louco (1970). Nos Estados Unidos, Rauschenberg denomina combine paintings as assemblages que começa a ensaiar em 1951 pela aplicação de diversos materiais sobre a tela, sobretudo papéis e materiais planos. A partir de 1953, o leque de elementos utilizado se amplia (Bed, 1955, e Canyon, 1959). A abertura da pesquisa com materiais remete às influências do músico John Cage, com quem aprende a assimilar informações díspares do entorno, das cidades e da vida cotidiana. As combine paintings de Rauschenberg propõem múltiplas associações e leituras na medida em que não há temas predeterminados ou sentidos últimos que organizem os conjuntos. Nessa medida, estão muito distantes dos experimentos surrealistas, que usam a justaposição de materiais pela livre associação como chave de acesso ao inconsciente.

"Assemblage #1" (48x54) by Los Angeles artist and sculptor Bruce Gray

As chamadas junk sculptures - que vêm à luz por meio dos trabalhos pioneiros de David Smith (1906-1965) - fazem uso de refugo industrial, sucatas e materiais descartados de todo tipo, o que já havia sido testado pelas esculturas de Pablo Picasso (1881 - 1973) e Julio González (1876 - 1942). Os conjuntos evocam o ambiente caótico das cidades, o fluxo desordenado das ruas dos grandes centros, por exemplo, H.A.W.K (1959), de John Chamberlain (1927), construído com carcaças de automóveis, ou os trabalhos de Ettore Colla (1899-1968), que realiza suas obras com componentes de máquinas, sucatas e objetos quebrados, ou ainda as obras de Mark di Suvero (1933), com resíduos industriais (Mohican, 1967). Podem-se lembrar também as "acumulações junk" de Jim Dine (1935), combinando pinturas e ferramentas variadas (Five Feet of Colorful Tools, 1962) e as máquinas de Jean Tinguely (1925 - 1991), entre elas, Homenagem a Nova York: Obra de Arte que Se Autoconstrói e Se Autodestrói (1960), feita com fragmentos de máquinas, pedaços de bicicleta, piano vertical etc. Na Inglaterra, as esculturas de Anthony Caro (1924), da década de 1960, executadas com vigas, tubulações de alumínio, placas de aço etc., seguem as trilhas abertas pela obra de D. Smith.

Simon Sparrow

Assemblages foram também realizadas no interior do chamado Novo Realismo da década de 1960, que tem como princípio a utilização de imagens triviais do imaginário da sociedade de massas e objetos de uso cotidiano (cartazes publicitários, imagens cinematográficas, fotos de revistas, plásticos, luzes néon etc.), trabalhados com base na idéia de bricolagem. Destacam-se os nomes de Arman (1928), conhecido por suas assemblages de objetos descartados (Arteriosclerose, 1961, e Acumulação de Bules Partidos, 1964) e Domenico Rotella (1918), que trabalha com cartazes publicitários rasgados (O Asfalto na Noite, 1962). No Brasil, é possível localizar procedimentos próximos ao da assemblage em alguns trabalhos de Wesley Duke Lee (1931), Nelson Leirner (1932) e Rubens Gerchman (1942 - 2008) como O Rei do Mau Gosto (1966) - com tecido, vidro, asas de borboleta e tinta acrílica - Rochelle Costi (1961) - Toalha, Vegetais Mofados e Toalha, Flores Mortas (ambos de 1997) - e Leda Catunda (1961), Jardim das Vacas (1988) e Camisetas (1989).

in www.itaucultural.org.br

3/11/08

As ideias e a Arte



Sao precisas ideias.... não ideias q nao passam disso, precisam se ideias, que sejam posta em practica. Ideias utópicas, realistas, esquisitas, loucas, boas, más,Ideias que podem ser o click para uma nova Ideia.

3/10/08

Tudo tem um principio...


Gostava de escrever e deixar neste blog um pouco do que mais gosto de fazer, apaixonado pelas artes desde a arquitectura, escultura, ás artes plásticas e visuais.
Paixão pela ARTE, nem sei bem quando tudo começou, apenas preciso de fazer algo para expressar o que sinto e despertar os sentidos através da ARTE.
Estou ainda em fase de experimentação, sempre como no principio...como quando em miúdo estraguei várias metros de pele para sapatos ao meu avô sapateiro, só para fazer umas máscaras do zorro, ou quando pensei em cortar umas botas ja acabadas para um GNR, em vez de ficar chateado, disse em voz alta para toda a gente ouvir: Para se aprender, tem que se EXPERIMENTAR!



Everything has a beginning...


I would like to write and make this blog to show waht I like to do, love for the arts since the architecture, sculpture, plastic and visual arts.
Passion for ART, or know well when it all began, just need to do something to express what I feel and awaken the senses through art.
I am still testing and experience phase, as always in the beginning ... whenI has a kid ruined several meters of leather shoes of my grandfather shoe repair shop, just to make some of the zorro masks, or when I start cutting finished boots for a policeman GNR , instead of being annoyed,my grandpa said out loud for everyone to hear: To learn, you must Experience!

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